sábado, 18 de fevereiro de 2017

Oração a São Teotónio

Senhor nosso Deus, que pela palavra e pelo exemplo de São Teotónio reformastes a disciplina religiosa, concedei-nos, por sua intercessão, que, escolhendo o caminho estreito da perfeição cristã, mais facilmente alcancemos a vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Os Sete Santos Fundadores da Ordem dos Servitas

Hoje, 17 de fevereiro, a Igreja celebra a memória dos Sete Fundadores da Ordem dos Servitas. No ofício das leituras de hoje nos é apresentado a origem e o modo de viver desses religiosos. Abaixo entre aspas publicamos trechos da Legenda sobre a origem da Ordem dos Servos de Maria.
“Houve sete homens, dignos de reverência e de honra, que Nossa Senhora reuniu como sete estrelas, para dar início com a sua fraterna união de alma e de corpo, à Ordem sua e de seus servos.”
Cerca do ano de 1233, quando Florença era dilacerada por lutas fratricidas, sete comerciantes, membros de uma sociedade de leigos devotos da Virgem, ligados entre si pelo ideal evangélico de comunhão e de serviço aos pobres, decidiram retirar-se à solidão, para uma vida comum de penitência e contemplação. Abandonaram os negócios, suas casas e distribuíram os bens aos pobres.
Quatro aspectos importantes 
“Do modo de vida desses sete homens, antes de terem iniciado a vida em comum, quero realçar quatro aspectos.
Em primeiro lugar, com relação à Igreja. Alguns deles, por estarem decididos a guardar a virgindade ou castidade perfeita, não se casaram; outros já estavam ligados pelo vínculo do matrimônio; outros, enfim, eram viúvos.
Em segundo lugar, com relação ao serviço da sociedade civil. Eram todos negociantes, e compravam e vendiam bens terrenos. Mas quando descobriram a pérola preciosa, isto é, a nossa Ordem, não só deram aos pobres tudo o que possuíam, mas entregaram-se a si mesmos a Deus e à Senhora para servi-lo com toda a alegria e fidelidade.
O terceiro aspecto diz respeito à veneração e culto de Nossa Senhora. Em Florença, havia uma certa irmandade, fundada já há muito tempo, em honra da Virgem Maria; por sua antiguidade, pelo número de seus membros e pela santidade dos homens e mulheres que dela faziam parte, tinha posição de destaque no meio das outras irmandades; e por isso era chamada ‘Companhia de Nossa Senhora’. Dela também faziam parte os sete homens como membros especialmente devotos de Nossa Senhora, antes de se reunirem em comunidade.
O quarto aspecto diz respeito à perfeição de suas almas. Amavam a Deus sobre todas as coisas; e dirigindo para ele tudo o que faziam como sendo de justiça, honravam-no por pensamentos, palavras e ações”.
Por volta de 1245 retiraram-se ao Monte Senario, perto de Florença, onde construíram uma pequena casa e um oratório dedicado a Santa Maria. Levavam uma vida austera e solitária, não rejeitando, no entanto, o encontro com pessoas que, impulsionadas pela ansiedade e dúvidas, procuravam o conforto de suas palavras.Cada vez mais propagada a sua fama de santidade, muitos pediram para fazer parte da sua família. Então eles decidiram começar uma Ordem dedicada à Virgem, de quem se disseram Servos – a Ordem dos Servos de Maria – adotando a Regra de Santo Agostinho.
Em 1888 Leão XIII canonizou em conjunto os sete primeiros Padres. No Monte Senario um único túmulo recolheu os restos mortais daqueles que partilhando a vida tinham se tornado um só coração e uma alma.
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São Bonfíglio Monaldi
Pai e lider do grupo e, em seguida, prior da nascente comunidade dos Servos de Maria. É representado com a pomba branca que repousa sobre o seu ombro direito para indicar que os dons do Espírito Santo dos quais cada um dos sete era ornado, manifestado de modo especial nele que pai do primeiro grupo e da comunidade. Ele morreu, segundo a tradição, em 1 de Janeiro de 1262.
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São Bonaiuto Manetti
Homem austero em relação a si mesmo, mas doce, amoroso e compreensivo para com os outros. Ocupou o cargo de Prior Geral entre 1256 e 1257. Por sua tenacidade na defesa da verdade e da justiça, tentaram envenená-lo, mas foi salvo por Deus. Ele morreu em 31 agosto 1267.
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São Manetto del Ántella
Também ele prior geral, era um homem de grande capacidade organizativa e de direção, tanto que se atribuem a ele as primeiras fundações na França. Ele que acolheu Arrigo de Badovino, primeiro da grande multidão de leigos que se agregou à Ordem dos Servos. A Tradição coloca o dia de sua morte em 20 de Agosto de 1268.

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Santo Amadio Amidei
Podemos dizer que, no Grupo dos Sete, ele era como a chama que dava calor a todos com sua grande caridade que se nutria do amor de Deus.Seu nome, Ama a Deus, era um verdadeiro presságio, um sinal da riqueza de sua vida espiritual e de caridade. Ele morreu em 18 abril 1266.

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São Sostenio e Sosteni e São Ugoccio Ugoccioni
Entre estes dois santos é lembrada em particular sua amizade, tanto qu e a iconografia os representa juntos, e a morte de ambos foi no mesmo dia e ano (3 de Maio 1282), sendo um sinal e um selo de autenticidade do Céu à sua fraternidade. No grupo dos sete, eles permaneceram como um símbolo de fraternidade vivida em comunhão de vida e de intenções, mas também como um sinal especial de amizade que, se for verdadeira e gratuita, é inspirada por Deus e ajuda uns aos outros a subir à Deus .

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São Aleixo Falconieri
Da família Falconieri, tio de Santa Giuliana, brilhante exemplo de humildade e pureza. Sua vida foi um contínuo louvor a Deus. Gostava de pedir esmolas, empenhando-se especialmente em sustentar os frades enviados para estudar na Sorbonne, em Paris. Ele morreu na idade de 110 anos em 17 de Fevereiro de 1310.
Retirado da Monumenta Ord. Serv. B. Mariae Virginis, 1,3.5.6.9.11, pp. 71ss e do site www.santiebeati.it – 2012/02/17

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Beato S.josé allamano


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Padre José Allamano nasceu no dia 21 de janeiro de 1851, em Castelnuovo d'Asti (hoje Castelnuovo Don Bosco), na Itália. Educado solidamente nas virtudes humanas e cristãs pela mãe, irmã de São José Cafasso, e pelo próprio Dom Bosco, de quem foi aluno por quatro anos, respondeu à vocação sacerdotal com firmeza e decisão. Recebida a Ordenação presbiteral, aos 20 de setembro de 1873, foi, por sete anos, formador e diretor espi­ritual no seminário maior da diocese de Turim. Em 1880 foi nomeado Reitor do Santuário da Consolata, ofício que desem­penhou por 46 anos até a morte. Aqui desenvolveu o ministé­rio sacerdotal em todas as dimensões. Restaurou completamente e ampliou o santuário, que se encontrava em péssimas condi­ções, transformando-o num centro vital de devoção mariana e de iniciativas apostólicas. Reabriu e dirigiu o Instituto de Pas­toral (Convitto Ecclesiastico) para os jovens sacerdotes. Empe­nhou-se carinhosamente na formação espiritual, intelectual e pastoral deles. Empreendeu a Causa de Canonização do seu tio José Cafasso. Restituiu grande vigor à casa de retiros espirituais da diocese no santuário de Santo Inácio, em Lanzo. Foi procurado para direção espiritual, confissão e conselho por inumeráveis pes­soas de toda categoria social. Promoveu associações católicas para a formação cristã, deu grande apoio ao trabalho dos leigos empenhados no campo social, editorial e educativo.

Para enriquecer a sua Igreja com a nota essencial da missionariedade, em 1901 fundou o Instituto dos Missionários e em 1910 o das Missionárias da Consolata. A eles, embora continuasse seus numerosos empenhos diocesanos, dedicou os principais cuidados, formando-os àquele espírito que ele sabia ter recebido de Deus.

Morreu santamente no dia 16 de fevereiro de 1926, em Turim, junto ao Santuário da Consolata. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II, a 7 de outubro de 1990. A festa litúrgica do Bem-Aventurado José Allamano celebra-se no dia 16 de fevereiro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Oração da confiança de S. Cláudio La Colombière, SJ

“o amigo perfeito” do Coração de Jesus
Festa 15 de fevereiro










Meu Senhor e meu Deus, eu estou tão certo de que cuidas de todos os que esperam em Ti e que nada pode faltar àqueles que esperam tudo de Ti, que decidi, como norma, viver sem nenhuma preocupação e dirigir a Ti toda minha inquietude.
As pessoas podem despojar-me de todos os bens e mesmo da minha honra; as doenças podem privar-me das forças e dos meios para servir-te; com o pecado posso até perder a tua graça, mas não perderei nunca jamais a minha confiança em Ti, e a conservarei até ao extremo da minha vida e o demônio, com todos os seus esforços, não conseguirá tirá-la de mim.
Que outros esperem a felicidade nas riquezas e nos seus talentos; que confiem mesmo na inocência de suas vidas, no rigor de suas penitências, na quantidade de suas boas obras ou no fervor de suas orações!
Para mim toda a minha confiança está na própria confiança que tenho; confiança que jamais enganou ninguém.
Eis porque tenho absoluta certeza de ser eternamente feliz, porque tenho a inabalável confiança de ser feliz e porque espero esta felicidade apenas de Ti.
Por minha triste experiência, devo infelizmente reconhecer ser fraco e inconstante. Sei quanto as tentações podem abalar as virtudes mais firmes. E, no entanto, nada, enquanto eu conservar esta firme confiança em Ti, poderá me assustar. Eu me recuperarei de qualquer desgraça e estarei certo em continuar a esperar, porque espero com esta imutável esperança.
Enfim, meu Deus, estou intimamente persuadido de que não será jamais exagerada a confiança em Ti. Confio que aquilo que eu receber de Ti, será sempre muito mais do que aquilo que eu tiver esperado.
Espero também, Senhor, que Tu me sustentarás nas minhas fraquezas e nas tentações mais violentas.
Tenho muita confiança que Tu me amarás sempre e que também eu, por minha vez, te amarei para sempre.
E para levar ao mais alto grau esta minha confiança, ó meu Criador, eu espero em Ti mesmo, agora e sempre. Amém.
Oração da Missa:
Senhor, nosso Pai, que falastes ao coração do vosso servo, São Cláudio La Colombière, para que desse testemunho do vosso imenso amor pela humanidade, fazei que os dons da graça iluminem e confortem a vossa Igreja. Por Cristo, nosso Senhor. Amém

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

São Martiano

São Martiano

São Martiniano foi capaz de converter muitos que o procuravam e ser instrumento de muitos milagres

Nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Muito jovem, discerniu sua vocação à vida de eremita; retirou-se a um lugar distante para se entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho, aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela Misericórdia, pela força do Espírito Santo que ele se tornou santo.
Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano. Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava os enfermos.
Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama de querer ser santo e ter a carnalidade sempre presente. Aconteceu que Zoé, uma mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se com vestes simples, pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Eles dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa bem sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano. Conta-nos a história que ele caiu na tentação.
Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se, penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de Deus. Claro que o Senhor o perdoou.
Só há um pecado que Deus não perdoa: aquele do qual não somos capazes de nos arrepender.
São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Ele foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma, também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula e ali se santificou.
O santo, depois, foi para uma ilha; em seguida para Atenas, na Grécia, e, no ano 400, partiu para a glória tendo recebido os sacramentos.
Santo não é aquele que “nunca pecou”. A oração, a vigilância e o mergulho da própria miséria na Misericórdia Divina é o que nos santifica.
São Martiniano, rogai por nós!