quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Mãe Gabriela Bitterlich

 


04 de Abril – Aniversário de falecimento da Mãe Gabriela

RECORDANDO A MÃE GABRIELE(1896 – 1978)

“O amor à cruz é o mais pesado, o mais brilhante e o mais frutuoso, porque conduz da terra ao céu”. (Mãe Gabriele)

Em todas as épocas DEUS escolhe no Seu livre desígnio a quem deseja confiar uma missão singular na Igreja. É a revelação visível de Sua presença paterna, salvífica e santificadora. Poderíamos citar aqui centenas de exemplos de vida dos Santos e da história da Igreja. Uns eram profetas de voz poderosa, outros pregavam pelo silêncio e brilho do testemunho de vida, simples e ocultos aos olhos do mundo. Sejam eles monges ou missionários, sacerdotes ou leigos, jovens ou até crianças, sempre o selo da propriedade divina os distinguia, imbuídos do mistério e da força do DEUS Altíssimo.

Para criar a Obra dos Santos Anjos, DEUS escolheu como instrumento uma simples mãe de família, Gabriele Bitterlich. Esse fato, por si só, se reveste de um particular significado, pois, assim como toda a Santa Igreja, também a Obra deve ser a família do Senhor, manifestação do Seu amor salvífico, comunidade de membros visíveis e invisíveis, de anjos e homens, unidos no Corpo Místico de CRISTO.

Personalidade forte, marcada pela profunda comunhão com DEUS, Gabriele irradiava o verdadeiro amor divino que, atuando na sua vocação materna, fez dela a Mãe da Obra dos Santos Anjos. É este o seu mais belo atributo, visível naquele amor sóbrio, puro, desapegado e autêntico que a todos atraía e a todos indicava o caminho para a casa do PAI.

Gabriele nasceu no dia 1º de novembro de 1896 em Viena (Áustria), e foi batizada no dia 21 de novembro do mesmo ano. Desde criança Gabriele teve a graça de uma profunda união com o seu Santo Anjo da Guarda. A presença visível deste seu amigo celeste tornou-se tão natural e frequente, a ponto de ocupar um lugar especial em toda sua vida. De fato, foi ele o pedagogo que o Senhor destinou para sua formação e caminho à santidade. No entanto, Mãe Gabriele não vivia num mundo de ilusões e fantasias. Já na adolescência começara uma sóbria educação nas mãos de DEUS. Desde cedo aprendera a procurar sempre a vontade de DEUS, mortificar a vontade própria, diminuir continuamente, a fim de que ELE fosse o único tesouro de sua vida. Mais tarde, depois de casada, em Innsbruck no dia 23 de maio de 1919, o Senhor submeteu-a a uma rigorosa formação na escola da Cruz, cumulando-a com inumeráveis e pesadas provações. Mãe Gabriele descobriu assim o segredo da renúncia por amor, crescendo na sede de DEUS que era puro anseio e ardor.

Mulher realista, consciente de seus deveres de esposa e mãe de família, ela vivia como que estendida na Cruz de uma grande tensão: de um lado, mergulhada no mistério de DEUS e por outro, envolta em inúmeras tarefas do dia a dia, atenta aos mínimos detalhes de sua vida doméstica. Conciliava em verdadeira santidade o contínuo olhar para DEUS, a constante atenção aos Santos Anjos e uma correspondência exemplar à sua vocação de mãe de uma família natural com seis filhos (três eram de adoção). E mais tarde, acrescentou-se uma família espiritual que atingia proporções mundiais. Como se não bastasse tudo isso, somavam-se a saúde debilitada e as contínuas doenças, vendo-se por várias vezes à beira da morte. Seu grande amor a DEUS também refletiu-se visivelmente na dedicação aos pobres e aos enfermos. A pobreza em espírito alçou-a à total simplicidade do caráter, condição essencial para a santidade.

Chamada a uma verdadeira missão expiatória, Nosso Senhor introduziu-a gradativamente na experiência de Seu sofrimento Redentor no Horto das Oliveiras e do Calvário. Numa imolação total pelos sacerdotes, ela não meditava, mas vivia a Paixão de CRISTO numa participação real, interior e física. Assim nasceu a regra da “Passio Domini” (Paixão do Senhor) das quintas e sextas-feiras na Obra dos Santos Anjos e a nossa mais profunda vocação: a reparação pela Santa Igreja. Através dela aprendemos a amar a Cruz como o segredo que nos abre a porta ao eterno amor de DEUS. Mas a força para o sacrifício diário provinha ainda de um outro mistério: aprofunda vida eucarística. O Santo Sacrifício da Missa e a consequente comunhão constituíam o ponto culminante de sua vida unitiva com Seu amado Senhor, antecipando todos os dias o céu na sua alma. Ela nos ensinou que a verdadeira reparação não é possível sem esta graça, pois é sempre DEUS em nós que opera e salva.

Formando sua serva na ciência da Cruz, DEUS a preparou para a missão de portadora de uma revelação particular em torno da realidade dos Anjos. Como jamais antes, Nosso Senhor revelou à Mãe Gabriele a partir de 1949 o mundo dos Santos Anjos, seus coros, sua missão na Igreja e na criação. Através dela o Senhor quis abrir os nossos olhos para a atualidade da presença destes grandes guerreiros invisíveis nos tempos de hoje, como intercessores, defensores e, sobretudo, como nossos educadores em vista da santidade e da vocação particular de cada um de nós. A Igreja sempre acompanhou de perto esta revelação por meio de seus legítimos representantes, a saber, o Bispo de Innsbruck, os diversos diretores por ele designados, e ultimamente por dois decretos da Santa Sé.

Mãe Gabriele orientou os nossos olhares para MARIA, a Esposa do ESPÍRITO SANTO e Senhor dos últimos tempos. Mostrou-nos que é ela a Rainha dos Anjos, a Vitoriosa que vem com seu exército angélico, pronta para o combate derradeiro. Por isso, a Obra vive em torno da Mãe de DEUS, a Mãe da transformação, a Arca da Aliança. Mãe Gabriele irradiava o ser mariano, não só pelo seu ser maternal, mas também pelo silêncio no qual guardava os arcanos da sua intimidade com DEUS e pela alegria que provava a autenticidade de seu grande carisma. Na sua vida oculta, imolada pelos sacerdotes, imitava MARIA a Mãe dos sacerdotes. Ao longo de tantos anos, padres, religiosos e leigos reuniam-se em torno dela, por todos venerada como carinhoso título de “Mãe”. Assim surgiu a Obra dos Santos Anjos, em obediência ao Senhor e à Igreja, e não por iniciativa humana.Sendo DEUS tudo para ela, a própria vida só teria sentido se configurada à Sua morte.

Após uma longa e pesada agonia, o Senhor levou consigo esta alma-vítima no dia 4 de abril de 1978 no convento de S. Petesburg no Tirol (Áustria), onde também foi sepultada. Uma singela inscrição sobre a Cruz de madeira no túmulo diz: “DEUS é bom, Mãe”. Nela se realizou plenamente a palavra: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).

NOVENA A MÃE GABRIELE

PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO!

VÓS encontrastes na Vossa serva Gabriele Bitterlich um instrumento escolhido para os Vossos planos santíssimos. A exemplo de MARIA, Vossa Mãe, ela foi muito além de sua própria família uma bondosa mãe que se sacrificava e cuidava fielmente dos que lhe estavam confiados. Como os Santos Anjos, ela atendia a todos os Vossos desejos, por menores que fossem, obedecendo em tudo com obediência alada e em grade fidelidade. Em meio aos mais amargos sofrimentos e nas horas mais obscuras VÓS a conformastes ao Vosso FILHO na Cruz. Com MARIA ela disse o “ECCE” e com os Santos Anjos “Louvor a DEUS.Como testemunho ela deixou para seus filhos a palavra “DEUS é Bom”! Convencidos de que a vida sacrificada e fiel da Vossa serva Gabriele foi do Vosso agrado, nós Vos suplicamos que, se for da Vossa Vontade, Vos digneis apresentá-la ao mundo como modelo de uma vida santa, elevando-a à honra dos altares, e conceder-nos pela intercessão da nossa Mãe Gabriele a graça de…(reza-se como novena, acrescentando nove Sanctus em honra dos nove coros angélicos, bem como nove Glória ao PAI e o Magnificat)

(A novena é somente para uso privado)

Pede-se o favor de comunicar graças alcançadas pela intercessão da Mãe Gabriele ao:Secretariado OA – Cx.P. 11 – Aparecida-SP – 12570-000

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